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Acordei sobressaltada a meio da noite. Sentia o suor a escorregar-me pela face, a camisa encharcada se suor. O Luna, o meu gato preto, olhava-me com aqueles olhos verdes arrepiantes, como se quisesse entender o que se passou. Nem eu sei o que tinha acontecido…era um pesadelo horrível e acordei sem saber onde estava ou como viera ali parar. Mas era a minha cama, a minha casa. Estava no meu lar, e sentia-me como se tivesse saído de um filme de terror. Nem sei bem com o que sonhei, mas sei que ainda me sentia assustada e com medo. Não sonhei com fadinhas ou florzinhas de certeza…
Tive de sair da cama. Fui beber um copo de água, comer um bocado do bolo de chocolate que tinha feito nessa manhã e fui para o jardim. Estava uma noite linda. Não se via lua, mas viam-se imensas estrelas a decorar o céu azul. Estava uma temperatura amena, e soprava um bocadinho de vento..nada de significante, visto que nem precisei de ir buscar um casaco para proteger os braços. Vi as árvores a baloiçar e as flores a dançar ao ritmo de uma qualquer melodia assobiada pelo vento. Senti o cheiro primaveril a embalar-me. Aquele cheiro que inundava as casas no final da tarde e que enche a casa com este aroma doce a plantas que estão a começar a desabrochar.
Estava um tempo magnífico e mesmo assim senti um arrepio. Um arrepio frio e intenso que me fez passar as mãos pelos braços na esperança de conseguir acalmar os pêlos que se tinham eriçado. Era o pesadelo. Começava agora a lembrar-me de pequenas coisas. Era relacionado com mortes e com sofrimento. Família, talvez? Não sei…era demasiado vago. Ou seria algo sobre mim? Acho que era isso..algo relacionado comigo. Algo de mau me iria acontecer. Ou seria apenas uma ideia tola da minha cabeça? Há pessoas que acreditam em premonições e intuições. Não sou muito desse género de coisas. Nunca acreditei na vida depois da morte, em ler cartas ou palmas da mão, em sonhos premonitórios…não sou crente, e se tentasse ser também não sei em que é que iria acreditar.
O Luna veio-me tirar destes devaneios quando se roçou nas minhas pernas. Já devia estranhar eu não ter voltado para a cama. Fiz-lhe uma festa na cabeça e voltei a olhar para o céu. Estava mesmo bonito. Até apetecia ficar deitada na relva do jardim, e ficar durante horas a admirar esta beleza natural. O mundo é simplesmente belo na sua simplicidade! Mas amanhã era dia de trabalho. Tinha de voltar para a cama e aproveitar as poucas horas de sono que me restavam.
Virei-me para a porta que dava passagem do jardim para a cozinha e senti um vulto atrás de mim. Nem tive tempo de me virar. Senti uma pancada forte e seca na cabeça e cai no chão frio.
Depois disso, não me lembro de mais nada.
Escrevo por prazer..não acho que tenha grande veia artística literária, mas há momentos que me apetece escrever e saem pequenas histórias deste género.
Criei um blog, que para já só tem dois interlúdios, este e outro. Se quiserem dar uma olhada é o http://interludiosliterarios.blogspot.com/
Digam o que é que acham. Estou sempre aberta a todo o tipo de críticas! :D[/justify]
Acordei sobressaltada a meio da noite. Sentia o suor a escorregar-me pela face, a camisa encharcada se suor. O Luna, o meu gato preto, olhava-me com aqueles olhos verdes arrepiantes, como se quisesse entender o que se passou. Nem eu sei o que tinha acontecido…era um pesadelo horrível e acordei sem saber onde estava ou como viera ali parar. Mas era a minha cama, a minha casa. Estava no meu lar, e sentia-me como se tivesse saído de um filme de terror. Nem sei bem com o que sonhei, mas sei que ainda me sentia assustada e com medo. Não sonhei com fadinhas ou florzinhas de certeza…
Tive de sair da cama. Fui beber um copo de água, comer um bocado do bolo de chocolate que tinha feito nessa manhã e fui para o jardim. Estava uma noite linda. Não se via lua, mas viam-se imensas estrelas a decorar o céu azul. Estava uma temperatura amena, e soprava um bocadinho de vento..nada de significante, visto que nem precisei de ir buscar um casaco para proteger os braços. Vi as árvores a baloiçar e as flores a dançar ao ritmo de uma qualquer melodia assobiada pelo vento. Senti o cheiro primaveril a embalar-me. Aquele cheiro que inundava as casas no final da tarde e que enche a casa com este aroma doce a plantas que estão a começar a desabrochar.
Estava um tempo magnífico e mesmo assim senti um arrepio. Um arrepio frio e intenso que me fez passar as mãos pelos braços na esperança de conseguir acalmar os pêlos que se tinham eriçado. Era o pesadelo. Começava agora a lembrar-me de pequenas coisas. Era relacionado com mortes e com sofrimento. Família, talvez? Não sei…era demasiado vago. Ou seria algo sobre mim? Acho que era isso..algo relacionado comigo. Algo de mau me iria acontecer. Ou seria apenas uma ideia tola da minha cabeça? Há pessoas que acreditam em premonições e intuições. Não sou muito desse género de coisas. Nunca acreditei na vida depois da morte, em ler cartas ou palmas da mão, em sonhos premonitórios…não sou crente, e se tentasse ser também não sei em que é que iria acreditar.
O Luna veio-me tirar destes devaneios quando se roçou nas minhas pernas. Já devia estranhar eu não ter voltado para a cama. Fiz-lhe uma festa na cabeça e voltei a olhar para o céu. Estava mesmo bonito. Até apetecia ficar deitada na relva do jardim, e ficar durante horas a admirar esta beleza natural. O mundo é simplesmente belo na sua simplicidade! Mas amanhã era dia de trabalho. Tinha de voltar para a cama e aproveitar as poucas horas de sono que me restavam.
Virei-me para a porta que dava passagem do jardim para a cozinha e senti um vulto atrás de mim. Nem tive tempo de me virar. Senti uma pancada forte e seca na cabeça e cai no chão frio.
Depois disso, não me lembro de mais nada.
Escrevo por prazer..não acho que tenha grande veia artística literária, mas há momentos que me apetece escrever e saem pequenas histórias deste género.
Criei um blog, que para já só tem dois interlúdios, este e outro. Se quiserem dar uma olhada é o http://interludiosliterarios.blogspot.com/
Digam o que é que acham. Estou sempre aberta a todo o tipo de críticas! :D[/justify]